segunda-feira, 9 de março de 2009

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O Bom Desenvolvimento Escolar

Não é só questão de inteligência. O bom desenvolvimento escolar depende dos cuidados globais que a criança recebe antes de aprender a ler e escrever

As famílias costumam se espantar com a facilidade com que as crianças mexem no controle remoto e no celular desde cedo, com a habilidade com que rapidamente controlam o mouse, como se ele fosse uma extensão de seu braço, enfim, com a familiaridade que têm com os botões. Quando chega a hora de aprender na escola, a partir da alfabetização, tudo o que os pais querem é que o processo seja tão natural quanto o domínio das teclas.

Em primeiro lugar, deve-se ter em mente que o tempo é extremamente importante. De acordo com o assessor médico da Bioquímica Clínica do Fleury e neurologista infantil do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), Fernando Kok, existe um momento crítico para a aquisição de determinadas funções que são cruciais para o aprendizado. "A criança não tem a vida inteira para aprender a ver, ouvir, falar e desenvolver a parte motora", sublinha. A preocupação com essas aptidões, portanto, tem de ser anterior à idade escolar, o que implica em não perder o contato com o pediatra.
"O impacto do que é reconhecido logo é muito menor", justifica o neurologista. E isso vale para tudo. Segundo Kok, hoje é possível identificar os problemas neurológicos muito cedo, graças a testes feitos ainda na primeira infância, antes de surgir qualquer sintoma. "Nem tudo tem solução, mas há muito o que fazer para auxiliar o desenvolvimento e reduzir o dano", sustenta. De qualquer modo, quem mantém o acompanhamento pediátrico constante dificilmente vai deixar de detectar um distúrbio mais sério. Por outro lado, a ausência de plena capacidade visual e auditiva pode sim, passar despercebida, sobretudo porque geralmente não há queixas. Assim, é recomendável que se faça uma avaliação auditiva logo após o nascimento, a chamada triagem auditiva neonatal ou teste da orelhinha e, por volta dos três anos, a criança passe por uma avaliação oftalmológica e audiológica mais completa (veja box).
Vínculo afetivoCom essa base preparada, boa parte do trabalho cabe mesmo aos responsáveis. Kok explica que, para aprender, a criança precisa de um capital intelectual, não importa se maior ou menor, e ter prontidão para o aprendizado, condição que pode estar comprometida em casos de hiperatividade e de déficit de atenção, quando o processamento do que ela ouve precisa ser desenvolvido. Sozinhos, porém, a capacidade e o desembaraço não fazem verão. "O desenvolvimento infantil está ligado a um vínculo com um tutor", diz o neurologista. Em outras palavras, as relações emocionais e o ambiente, aí incluindo os estímulos, têm um peso grande sobre o aprendizado.
Faz parte desses estímulos o cuidado cotidiano, que pode otimizar o aprendizado e ajudar os pais a entregar um indivíduo mais inteiro ao mundo. E tudo começa pela alimentação. É consenso que, para aprender bem, a criança tem de estar alimentada – o que significa não sair de casa sem comer. "Mas estamos saindo da desnutrição para a obesidade", alerta o professor livre-docente e chefe da Endocrinologia Pediátrica do Instituto da Criança do HC-FMUSP, o médico Durval Damiani. "A criança obesa é estigmatizada, posta de lado, e isso afeta seu rendimento escolar", continua o médico, defendendo que, desde cedo, casa e escola sejam exemplos sincronizados de boa alimentação. Ele ainda ressalta que o controle do peso deve ser acompanhado pela vigilância da altura, "já que o crescimento de uma criança é seu melhor indicador de saúde", frisa.
Dormir bem também é fundamental, assinala a pediatra Simone Andrade Lotufo, médica do Atendimento do Fleury e do Hospital Menino Jesus, em São Paulo. O sono reparador, da fase REM (leia matéria na página 10), contribui para a memória e ajuda o pequeno estudante a fixar o que aprendeu. Como esse estágio do repouso prevalece no fim da noite, deitar-se muito tarde e acordar muito cedo é um hábito que pode impedir esse momento de recomposição. "A criança deve diminuir o ritmo depois do jantar, com atividades mais tranqüilas", ensina a médica.
Outro pilar importante está fincado na prática de algum esporte pelo menos três vezes por semana, uma vez que isso diverte, oxigena o cérebro e favorece a disciplina. "Há estudos indicando que a criança que faz atividade física tem um desempenho melhor na escola", assinala a pediatra do Fleury. Na falta de tempo ou dinheiro, porém, só espaço para correr e uma bola já resolvem, sugere Damiani, que cansa de ver muitos pais lotando a agenda dos filhos sem nenhum tempo para eles aproveitarem a única chance que têm de ser criança. Os especialistas, em coro, advertem: "criança precisa
brincar.


Com os olhos e os ouvidos atentos

No Brasil, não há uma legislação que obrigue a realização da audiometria, para verificar a capacidade auditiva, e do exame de acuidade visual. Apesar disso, muitas escolas particulares, cientes da importância de tais sentidos para o aprendizado, já têm pedido aos pais esse tipo de avaliação junto com a papelada para a matrícula. Até porque a falta de boa aptidão visual e auditiva é muito mais freqüente do que parece na idade escolar.
Um projeto de saúde ocular conduzido em 2005 pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com 6.851 alunos de sete a nove anos, todos da rede pública de ensino, resultou na prescrição de óculos para 49,19% deles. É importante considerar que estes ainda são resultados parciais de uma campanha nacional e como foram convocadas 27 mil crianças, é possível que as que compareceram já tivessem algum sintoma", pondera a oftalmologista Norma Allemann, médica do Serviço de Oftalmologia do Fleury e professora do Departamento de Oftalmologia da Unifesp.
Ainda que esse percentual não possa ser extrapolado para um contexto maior, muitas vezes o único sinal de que existe um problema oftalmológico é a dificuldade de aprendizado ou um comportamento diferente em sala de aula. "O míope, por exemplo, é aquela criança que está sempre querendo um lugar na frente, enquanto o aluno que tem hipermetropia costuma ser hiperativo e não gosta de estudar porque fica cansado ao ler de perto, com dor de cabeça e lacrimejamento", explica Norma.
A situação se repete no campo da audição. Há dez anos, a fonoaudióloga Márcia Frazza, do Fleury, analisou cerca de 200 crianças entre seis e dez anos de uma escola particular, em São Paulo, e encontrou alterações em 30% das orelhas examinadas - e, destas, 45% tinham perdas auditivas. Assim como na parte oftalmológica, na maioria das vezes esses alunos são tidos como aéreos ou limitados. "A criança com rebaixamento de audição não se queixa, mas se mostra desatenta e com dificuldades de aprendizado de vários níveis", observa o responsável pelo Setor de Otorrinolaringologia Diagnóstica do Fleury e chefe da disciplina de otoneurologia da Unifesp, o médico Mário Sérgio Lei Munhoz.
Algumas vezes, porém, o distúrbio pode não estar no quanto se escuta, mas na qualidade do que se ouve. "Existem várias tarefas entre escutar, integrar, perceber o contexto e executar uma ordem", assinala Munhoz. Qualquer falha nesse sistema de decodificação que ocorre no cérebro pode interferir na capacidade de entendimento, gerando o que se chama de déficit de atenção. "Essa criança pede para repetir as informações, demora para responder a uma pergunta, não compreende o que lê e pode ter problemas de linguagem e de escrita", enumera a fonoaudióloga Maura Ligia Sanchez, também do Fleury, especializada na avaliação de processamento auditivo.
Qualquer que seja o transtorno há hoje muito mais caminhos que no passado. A cultura dos óculos já está incorporada ao universo infantil e, mesmo para os reticentes, a troca da armação pelas lentes de contato pode ocorrer cada vez mais cedo, já na pré-adolescência. Essa evolução acompanha a parte audiológica. A reabilitação contribui sobremaneira para corrigir o déficit de atenção e até nos casos de surdez profunda já existe como minimizar o transtorno. "O tratamento não é a dificuldade; o problema ainda é o diagnóstico", assinala Munhoz.".



E na escola?

e é papel dos pais preparar os filhos para o aprendizado do ponto de vista emocional e de saúde, uma vez que a criança esteja na escola, a família deve deixar que ela resolva seus próprios problemas e delegar aos educadores o papel que lhes cabe. Essa é a opinião da psicóloga Rosely Sayão, que defende que, em casa, o mesmo limite também seja respeitado no que diz respeito ao ensino. "Os pais não devem se transformar em professores particulares mas, em vez disso, devem organizar o tempo e o espaço dos filhos para o estudo", diz. O estímulo precisa ser indireto, ou seja, cabe à família aproveitar as oportunidades para incentivar os aprendizes a ler, pensar e questionar. Por outro lado, não dá para esperar que os educadores tenham competência para notar que algo não vai bem com uma criança. "O máximo que a escola pode fazer é avisar a família que o aluno mudou o comportamento", acredita a psicóloga. E, neste caso, Rosely recomenda observar antes de qualquer providência. "Os pais devem aprender a se relacionar com seus filhos para saber como agir com eles", arremata.



Os dez mandamentos do aprendizado saudável



1. Mantenha o acompanhamento pediátrico regular na idade escolar, pelo menos de seis em seis meses.
2. Certifique-se de que a criança escuta e processa bem as informações que ouve.
3. Não deixe de verificar se seu filho precisa usar óculos ou corrigir algum distúrbio da visão.
4. Não espere demais para pôr as crianças na escola. Quanto mais cedo, melhor.
5. Ofereça às crianças um cardápio equilibrado e saudável e não as deixe ir para a escola sem comer.
6. Controle o peso e a altura, sempre com supervisão do pediatra.
7. Estabeleça um limite para o sono, com hora certa para dormir e acordar.
8. Faça com que seus filhos pratiquem alguma atividade física.
9. Não transforme a criança em um pequeno executivo. Reserve tempo para ela brincar.
10. Garanta a seus filhos um ambiente saudável, afetivo e estimulante dentro de casa.















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